No dia 18 Paulo Portas apresentou à comunicação social a Moção global “Responsabilidade e Identidade”, com a qual irá apresentar-se ao XXV Congresso do CDS-PP nos próximos dias 6 e 7 de Julho na Póvoa de Varzim.
Uma segunda moção virada para as questões económicas, em particular, para os incentivos à economia, tem como primeiro subscritor António Pires de Lima. Segundo dava conta o Diário de Notícias no seu Editorial de dia 17, os alvos desta moção serão Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira.
Uma terceira moção será apresentada pelos eurodeputados Diogo Feio e Nuno Melo, versando as questões europeias, moção em que a “mira estará apontada à troika” ainda segundo o referido editorial do Diário de Notícias.
De algum modo, estas três moções complementam-se, abordando cada uma aspectos diversos de uma estratégia global para a reeleição de Paulo Portas como líder do CDS-PP.
Há ainda uma quarta moção intitulada “CDS Mais à Frente” que tem como primeiro subscritor Filipe Anacoreta Correia e que foi apresentada no dia 17 à comunicação social.
Filipe Anacoreta Correia lidera a tendência Alternativa e Responsabilidade dentro do CDS-PP.
Entre os vários pontos abordados na referida moção está o tema da natalidade que, inexplicavelmente, parece ter sido omitido nas restantes moções.
Numa época em que, no nosso País, a natalidade atingiu um dos níveis mais baixos de sempre, pode, de algum modo, estar a ser posta em causa a médio e a longo prazo a continuidade de Portugal como Nação, caso não ocorra uma inversão rápida da tendência de diminuição da natalidade que hoje se verifica.
É pois crucial que este assunto seja debatido com total frontalidade durante os trabalhos do Congresso e que da discussão do mesmo se tirem as devidas ilações.
Em minha opinião, o Congresso deverá fazer aprovar propostas de incentivo imediato ao aumento da natalidade a serem posteriormente apresentadas, no mais breve prazo, ao Executivo PSD-CDS-PP e à maioria Parlamentar que sustenta o Executivo.
Outro ponto da referida moção que aqui quero relevar e que considero de capital importância diz respeito às chamadas questões fracturantes ou civilizacionais, mais concretamente à recente aprovação no Parlamento, no passado mês de Maio, da lei da co-adopção de crianças por pseudo-casais homossexuais.
Como referi no reparo de 23 de Maio é desconcertante verificar que a abstenção de três deputados do CDS-PP, a saber: João Rebelo, Teresa Caeiro e Michael Seufert tenha contribuído para a aprovação do referido projecto-lei na generalidade.
Tal como refere a moção CDS Mais à Frente: “Renunciámos a qualquer iniciativa na agenda civilizacional e quando confrontados com iniciativas de outros partidos, quebrámos com a tradição de falar a uma só voz, sem que isso tenha sido precedido de qualquer debate”.
Recordo ainda o comentário oportuno de Pedro Pestana Bastos, da tendência Alternativa e Responsabilidade, publicado na sua página no Facebook em 17 de Maio: “Portugal foi o primeiro país do mundo que aprovou a adopção por duas pessoas do mesmo sexo quando no Parlamento há uma maioria de centro direita. Enquanto em Franca a Direita levou centenas de milhares de pessoas para a rua, em Portugal a Direita não travou um projecto que passa a permitir a adopção por duas pessoas do mesmo sexo.”
Os militantes do CDS-PP, mas sobretudo os eleitores que votaram de forma expressiva no CDS nas Legislativas de 2011, esperam certamente que no próximo Congresso na Póvoa de Varzim, o Partido, fiel às suas origens, assuma a sua responsabilidade histórica.
E que, de forma inequívoca, reafirme também aquilo que esteve na sua génese, ou seja, a defesa autêntica dos princípios democratas-cristãos e a condenação clara e frontal de todas as doutrinas socialistas que, não raras vezes, são impostas à sociedade, mediante a utilização de uma linguagem talismânica que visa induzir alguns inocentes úteis a acreditar nelas.
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