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5 de novembro de 2015

AS ÁGUAS TURVAS DO ACTUAL REGIME E O PROJECTO SOCIALISTA DE ASSALTO AO PODER

   


   A expressão "pescar em águas turvas" indica a atitude de quem procura criar ou aproveitar-se de uma situação confusa para tirar proveito em benefício próprio. Na situação política actual, há gente mal-intencionada a querer “pescar em águas turvas”.

   Nos dias que antecederam as eleições de 4 de Outubro, o País foi assistindo ao crescimento, por toda a parte, de manifestações de rua animadas e cordatas em prol da coligação Portugal à Frente.
Eram pessoas de todas as idades e condições sociais que representavam um Portugal profundo, pacífico e desejoso de uma continuidade, sem aventuras, que permitisse um futuro com esperança, apesar das dificuldades enfrentadas nos últimos anos.

   Delineava-se, com clareza cada vez mais acentuada, a vitória da coligação, contra as máquinas publicitárias reinantes em boa parte da comunicação social, contra os agoiros de certos comentadores e analistas políticos, contra certas sondagens que, até pouco tempo antes, prenunciavam a sua derrota e não ousavam agora passar da constatação de um permanente “empate técnico”.
 
   Foi então que eclodiu nos meios políticos e jornalísticos portugueses um verdadeiro terrorismo político sem escrúpulos, revelador de uma articulação nos bastidores de forças que estavam dispostas a não reconhecer os resultados eleitorais e simultaneamente a forçar um volte-face na situação política portuguesa, contra tudo e contra todos. Começou a falar-se de um governo à esquerda e de uma coligação que duraria apenas até ao dia das eleições, etc.

   Chegou, por fim, a noite do dia 4 de Outubro e as urnas confirmaram a vitória inequívoca da Coligação Portugal à Frente. O Partido Socialista, conduzido por António Costa, era o grande derrotado da noite. Não conseguiu a maioria absoluta com que sonhava, não conseguiu vencer, nem sequer obteve um número de deputados superior ao PSD, considerado isoladamente. As caras de consternação nos meios socialistas, no quartel-general de campanha do PS, não deixavam dúvidas sobre a dimensão da derrota.
 
   Mas, curiosamente, quem naquela noite chegasse a Portugal, desconhecendo o que se passara, tinha a impressão que a Coligação Portugal à Frente era a grande derrotada das eleições. Com efeito, uma agenda mediática alinhada com a agenda socialista destacava os “triunfos” da esquerda… de tal forma que se ficava com a impressão que o eleitorado recusara massivamente a coligação governamental.
 
   Começava, então, a revelar-se uma trama: o assalto ao poder a qualquer custo, o desrespeito pelas normas do Estado de Direito democrático, o desrespeito pelos resultados eleitorais de um País que escolheu a continuidade política, sem novas aventuras. Os portugueses começavam a ver delinear-se no horizonte um governo de Leninistas, Estalinistas e Trotskistas, capitaneado pelo derrotado Partido Socialista. Até mesmo dentro do PS, certas vozes passaram a demonstrar a sua discordância para com a direcção do Partido, alinhado com os interesses da verdadeira “face oculta” desta trama: o ex-primeiro Ministro José Sócrates.
 
   Além de parecerem dispostas a levar de roldão um esforço de quatro anos que tirou Portugal da bancarrota a que tinha sido conduzido pelo Partido Socialista, essas forças mostravam agora a sua agressividade e crispação na tentativa de impor ao País uma grave agenda de temas fracturantes que de modo algum foi sufragada pelo eleitorado.

   E, por fim, no caso da censura prévia, solicitada pela defesa de José Sócrates para o grupo COFINA, proprietário do Correio da Manhã, através da interposição de uma providência cautelar, estava a determinação em amordaçar os meios de comunicação e, se possível, aparelhar o Estado para que não venha a ser apurada a verdade sobre a rede delituosa, montada durante os governos do Partido Socialista da era Sócrates que subjugava as instituições do Estado de Direito aos interesses de um projecto de poder.

   Curiosamente, por estes dias, vão sendo reveladas na imprensa nacional e estrangeira informações que aproximam de forma claríssima o imenso esquema de corrupção instaurado no Brasil, por Lula da Silva, em prol do projecto de poder autoritário do Partido dos Trabalhadores e o esquema corrupto no qual está envolvido o nome de José Sócrates e de outros dirigentes socialistas.

   Vale a pena recordar que, quando José Sócrates pretendeu voltar à vida pública com o lançamento do seu livro, convidou para apresentá-lo o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, numa viagem, toda ela, envolta em enormes polémicas e suspeitas.

   Fica no ar uma pergunta: Será que a agitação jacobina que está a abalar Portugal e que, para muitos, faz reviver momentos do PREC, quando a esquerda tentava implantar uma ditadura no País, tem a finalidade de impedir que boa parte do Partido Socialista e, talvez, de certa esquerda, bem como dos seus altos dirigentes, seja varrido da cena pública, envolto na lama da corrupção?

8 de outubro de 2015

AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E A 
CONSTITUIÇÃO DO NOVO EXECUTIVO

Fonte: Jornal de Negócios

   
DERROTADA NAS URNAS, A ESQUERDA RADICAL TENTA IMPOR AO PAÍS DE FORMA ARTIFICIAL E PELA VIA DE UM "GOLPE DE ESTADO PARLAMENTAR" UMA "MAIORIA DE ESQUERDA" 

   Os resultados das eleições legislativas do passado domingo deram uma vitória expressiva à coligação Portugal à Frente, embora a coligação não tenha conseguido alcançar a maioria absoluta de mandatos, cenário que iria permitir ao próximo Executivo liderado por Passos Coelho ter o apoio parlamentar maioritário das bancadas dos partidos do centro-direita.
   
   Na segunda feira, dia 5, as manchetes da imprensa internacional eram unânimes em destacar a vitória do centro-direita conservador nas eleições legislativas em Portugal. Como referia o jornal francês Le Figaro: “...em Portugal, a direita 'ganhou largamente' as eleições legislativas, um cenário que era inimaginável há poucos meses”. A agência Bloomberg referia também a  vitória da coligação de direita sobre os socialistas.
   
   Curiosamente, desde a noite das eleições e ao longo destes dias, o único discurso que temos ouvido por parte da esquerda em geral, especialmente o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e os Verdes é que a direita perdeu as eleições e que a esquerda foi a grande vencedora das mesmas.
   
   A atitude da esquerda radical e também de amplos sectores do Partido Socialista, de não reconhecimento, em termos políticos, da vitória do centro-direita nas eleições de domingo, tem um intuito claríssimo. Ou seja, ir criando a ideia, através da opinião publicada, de que a estabilidade do próximo Executivo só será garantida com uma solução de governo à esquerda com um amplo apoio parlamentar do PS, BE, PC e Verdes.

   O mesmo equivale a dizer que se trata de um cenário altamente improvável, uma vez que uma tal solução configuraria uma tentativa de assalto ao poder, ‘ao género de um golpe de Estado parlamentar’ da esquerda radical que tornaria o Partido Socialista refém das propostas e políticas radicais anti-sistema, antidemocráticas e anti-europeístas do Bloco do Esquerda e do Partido Comunista, o que a muito curto prazo faria com que Portugal regredisse algumas décadas em termos económicos e sociais.
   
   A esquerda radical que, de uma forma sistemática, tem feito assentar a sua estratégia de acção na política da “terra queimada” e do “quanto pior melhor”, de defesa das nacionalizações, da saída de Portugal da NATO e do Euro, não tem, em minha opinião, qualquer legitimidade democrática para reclamar ser parte integrante de uma solução de governo numa democracia ocidental no século XXI.

   A única solução de governo que, a meu ver, pode garantir a estabilidade, a modernização do tecido económico e a continuação das reformas estruturais iniciadas em 2011 pelo actual Executivo, terá de ser uma solução liderada pela coligação de centro-direita, vencedora clara das eleições de dia 4, através da formação de um Executivo apoiado nos partidos da coligação que deverá negociar com o PS compromissos que permitam a viabilização próximo orçamento do Estado.  

   Aguardemos pelos próximos dias para ver se os dirigentes do PS vão saber mostrar sentido de Estado e uma vontade determinada em negociar com a coligação Portugal à Frente uma solução que permita a governabilidade do País durante a próxima legislatura, ou se, pelo contrário, irão ceder à tentação de se deixar persuadir pelos apelos desesperados da esquerda radical que, derrotada nas eleições e querendo aproveitar-se do facto de não haver uma maioria absoluta de direita no parlamento, anseia, a todo o custo, impor no parlamento uma maioria de esquerda “ao género do golpe de Estado parlamentar.”