Esta 3ª Caminhada pela Vida realiza-se num momento de uma certa apatia da sociedade portuguesa que parece atingir sobretudo o sector conservador.
Em minha opinião, é precisamente a esse sector que cabe assumir, em primeiro lugar, posições enérgicas e categóricas contra os ataques que desde há longa data, e com particular destaque, nos últimos 7 anos, foram desencadeados contra a instituição familiar.
Com efeito, durante os dois governos de José Sócrates, o Partido Socialista aliando-se à agenda radical do Bloco de Esquerda fez aprovar legislação que visa minar os alicerces da instituição familiar.
Através da alteração e entrada em vigor da nova Lei do Divórcio no ano 2008, passou a ser possível a qualquer dos cônjuges desfazer o contrato matrimonial de forma mais rápida e fácil que aquilo que se exige para a anulação de um contrato de fidelização que obriga uma pessoa perante uma qualquer empresa de prestação de serviços. Ou seja, para além de ser uma lei aberrante, a aprovação da nova Lei do Divórcio a pedido de um dos cônjuges, independentemente do consentimento do outro, é claramente reveladora das medidas socialistas contra a Família, brandas nas aparências mas radicais nas metas e que encerram tendências desagregadoras da instituição familiar tradicional.
Destas tendências desagregadoras da Família tradicional fazem parte também a nova Lei de liberalização do aborto, através da qual se está a promover uma cultura de morte, a promulgação do Diploma do pseudo-casamento homossexual, as experiências com embriões, a Lei de Educação Sexual obrigatória nas escolas, isto para mencionar apenas algumas leis anti-família.
De referir ainda que, a legislação dos chamados temas fracturantes foi aprovada durante os dois últimos governos PS de forma sorrateira e praticamente sem discussão para evitar grande alarido.
Perante este cenário é pois necessário e urgente que o actual Governo, sustentado na Assembleia da República pela maioria PSD-CDS-PP, oiça a voz de um incontável número de Portugueses que por todo o país deram o seu voto a estes dois partidos. Fizeram-no, em grande medida, com a firme convicção de que, uma vez eleito, o novo Governo de Centro-Direita daria sinais claros que ia alterar rapidamente toda a legislação que promove as tendências desagregadoras da Família tradicional.
No que concerne à legislação dos temas fracturantes, em minha opinião, o actual Governo está de algum modo a defraudar as expectativas de parte do eleitorado que o elegeu, ao protelar a tomada de medidas no sentido de reverter toda a legislação anti-família aprovada durante o consulado socialista de José Sócrates.
Por todas estas razões, torna-se necessária uma enorme mobilização e uma participação maciça de portugueses na Caminhada pela Vida no dia 19, em Lisboa, para exigirem do actual Governo a urgente e rápida alteração da legislação que vai minando todos os dias os fundamentos da instituição familiar tradicional.
Se está preocupado com o futuro dos seus filhos e não quer permitir que o Estado continue a impor-lhe leis anti-família, não falte à Caminhada pela Vida no dia 19. A sua presença é necessária!