24 de março de 2011

CDS cresce e apresenta-se como alternativa de Governo

 
  No fim-de-semana de 19 e 20 de Março decorreu no Pavilhão Multiusos da cidade de Viseu o 24º Congresso do CDS-PP.

  A realização da reunião magna dos democratas-cristãos, convocada há três meses, coincidiu com um contexto de crise política nacional desencadeada pelo Executivo socialista em torno da apresentação das polémicas medidas do chamado PEC-IV, e numa altura em que parece estar iminente a convocação de eleições gerais antecipadas. Estas circunstâncias acabaram por dar uma maior visibilidade ao Congresso do CDS-PP e projectar para a opinião pública a ideia concreta e consolidada de que o partido liderado por Paulo Portas representa uma real alternativa de governo aos dois partidos do chamado Bloco Central, PS e PSD.

  Num congresso que esteve fundamentalmente virado para o País e para os Portugueses, a generalidade das Propostas de Orientação Política (POPES) e as comunicações apresentadas pelos congressistas foram reveladoras da urgente necessidade de mudança na sociedade portuguesa, com apelos a uma menor presença do Estado na sociedade e um maior incentivo à iniciativa privada, através da redução da carga fiscal sobre as pequenas e médias empresas e os particulares.

  Nas suas intervenções, Paulo Portas realçou o facto de o CDS-PP ser o partido que tem uma maior independência do Estado e referiu ainda que PS e PSD estão desde há décadas dependentes de clientelismos e de grupos económicos instalados, factos que acabam por condicionar uma sã concorrência do mercado, fazendo dela uma miragem, em última análise, prejudicando os cidadãos.

  Tal como referiu Nuno Melo na sua moção As marcas de uma governação falhada a “independência do CDS face a um Estado gigante, clientelar e intervencionista, um Estado que é o problema, torna o nosso partido indispensável à mudança e na mudança”.

  Na moção Se o socialismo fosse bom, esta geração estava à rasca? Adolfo Mesquita Nunes, primeiro subscritor da mesma, focou-se essencialmente nos problemas que a actual geração de licenciados enfrenta referindo: "Estamos perante uma geração que se vê impedida de aceder ao mercado de trabalho: se quer trabalho, tem de esperar pela vez porque os socialistas não sabem flexibilizar a contratação e desconfiam das empresas empregadoras e da riqueza por estas criada. (...) É por isso uma geração confrontada com a maior taxa de desemprego jovem de que há memória. (…) É uma geração que se endivida para poder sair de casa dos pais, como aliás o demonstram os números, sempre crescentes, dos créditos à habitação concedidos pelo sector financeiro português. (…). Estamos perante uma geração sufocada por um regime fiscal e contributivo que a impede de poupar e investir. (…) Estamos perante uma geração que já não encontra oportunidades em Portugal e opta por emigrar na esperança de encontrar aquilo que o país já não lhe consegue oferecer.  É por isso uma geração confrontada com a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos. (...) E quando nos vierem falar de Estado Social, coisa que PS e PSD adoram fazer, é hora de apresentar uma alternativa. Portugal não precisa de discutir o Estado Social nem fazer um campeonato de boas intenções. Portugal precisa de um Estado que nos deixe fazer pela vida. E para isso precisamos de um Estado que seja justo para com as novas gerações." 

  Na renovação da equipa de direcção dos Centristas, destacam-se os convites dirigidos por Paulo Portas a personalidades da sociedade civil, entre elas, Isabel Galriça Neto fundadora da rede de cuidados paliativos, e Luís Marinho porta-voz do movimento SOS Educação, organismo que tem contestado os apoios nos cortes às escolas privadas.

  O CDS-PP de Vila Real participou do 24º Congresso do Partido com a maior delegação de sempre e uma das maiores delegações ao Congresso, com 33 delegados e 17 convidados.

  Passaram a integrar os órgãos Nacionais do Partido, quatro militantes do CDS-PP de Vila Real, Jorge Pinho na Comissão Política Nacional, Patrique Alves e João Toscano no Conselho Nacional, e Conceição Pinho na Mesa do Congresso.

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