14 de janeiro de 2010

As contradições dos defensores do Aquecimento Global



A sociedade moderna tem uma característica curiosa. As notícias e eventos dão-se a uma velocidade alucinante. Durante dias a fio somos massacrados por algum tema e, uma, duas, ou três semanas depois, fica-se com a impressão de que tudo não passa de uma ténue ocorrência distante no tempo.

Os leitores desta crónica talvez tenham ficado com a impressão de que a Conferência de Copenhaga sobre o clima foi um desses eventos.

Durante vários dias os noticiários centraram-se no acordo climático que era apresentado pelos media como indispensável e urgentíssimo para travar o aquecimento global, ameaça ao planeta.

Mas... há sempre um mas.

Poucas semanas antes de se iniciar a conferência de Copenhaga, uma revelação de grande envergadura, pela gravidade e abundância de documentos, punha a descoberto aquilo que talvez possa considerar-se uma das maiores imposturas de toda a história da Ciência.

Infelizmente boa parte dos media, sobretudo em Portugal, silenciou o chamado "climategate", em grande parte responsável pelo fracasso da conferência sobre o clima em Copenhaga.

Foram tornados públicos milhares de documentos (emails e outros) da Climate Research Unit (CRU), da Universidade de Anglia, Norwich, Reino Unido. A CRU trabalhava em ligação com o Centro de Investigação do Halley Center na elaboração dos índices de temperaturas globais.

O IPCC (o painel climático da ONU) na elaboração dos seus relatórios utiliza essas informações já trabalhadas.

Os documentos tornados públicos revelam a clara intenção de numerosos cientistas de manipularem dados (até curvas de temperaturas) com a finalidade política de sustentarem o mito do "global warming", o aquecimento global.

Reportagens pormenorizadas sobre este escândalo científico foram publicadas pelo Wall Street Journal, pela BBC e os documentos foram colocados à disposição do público na Internet, para poderem ser analisados por quem desejar. Até agora nenhum dos envolvidos nessa manipulação de dados ousou desmentir o conteúdo dos documentos.

A revelação acabou por dar razão aos cientistas conhecidos como "cépticos do clima" que, de há muito e em número cada vez maior, contestam a tese do "aquecimento global", contrapondo dados empíricos às projecções matemáticas dos alarmistas climáticos.

A natureza parece ter decidido corroborar as revelações do "Climategate".

Há poucos dias, em Portugal, caía neve um pouco por todo o país. A vizinha Espanha também foi assolada por grandes nevões, e vários países europeus têm registado nos seus termómetros temperaturas negativas muito acentuadas. O mesmo aconteceu nos EUA, onde até em Miami nevou. Na Ásia o Inverno é o mais rigoroso desde há 60 anos.

O desconcerto pelo forte desmentido da natureza, juntamente com a revelação do “Climategate” é tal, que agora, numa manobra falaciosa, muitos alarmistas decidiram mudar o seu discurso e deixar de falar do "aquecimento global" para falar apenas de mudanças climáticas.

Estas fraudes em grande escala fazem-nos reflectir. Não parecem de modo algum ocasionais. Há interesses, até mesmo ideológicos, em jogo. Voltarei a este tema numa futura crónica.

Agora quero compartilhar com o leitor trechos do artigo de Henrique Raposo no semanário Expresso, intitulado jocosamente: As pantufas de Al Gore. Afirma ele: 1. Esta "estória" do aquecimento global já começa, de facto, a cheirar a esturro. Não era suposto estarmos a assar numa grelha global de CO2? Não só não estamos a assar, como estamos a passar por uma vaga de frio polar. Aliás, dados empíricos confirmam o seguinte: nos últimos anos, as temperaturas baixaram, e, atenção, o gelo polar recuperou terreno.


2. Mas os ambientalistas radicais (são quase todos radicais) continuam a dizer que estão correctos. Dizem que o arrefecimento prova o aquecimento. Devem ter aprendido com o pai Marx: com a bela dialéctica, estão sempre certos. Os ambientalistas são como os velhos gatos marxistas: arranjam sempre maneira para cair de pé. Privilégios de quem domina as artes dialécticas, meus amigos. Como não percebo nada de dialécticas, sejam elas vermelhas ou verdes, já comprei um novo par de pantufas. E atirei fora as minhas havaianas.".

Pessoalmente tenho mais receio dos manipuladores de dados científicos, com finalidades ideológicas, do que das chamadas mudanças climáticas.

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