Depois de ouvir estas polémicas afirmações, transcritas do sítio PT Jornal, Plataforma de Comunicação, o ouvinte pensará certamente que as mesmas terão sido proferidas por algum socialista ou até mesmo por um comunista indignado com certas medidas do actual governo PSD-CDS.
Talvez fique estupefacto se lhe disser que foram proferidas por D. Januário Torgal Ferreira, actual Bispo das Forças Armadas.
Reputo de indecorosa a linguagem utilizada pelo Bispo das Forças Armadas em entrevista ao programa Política Mesmo da TVI, na passada terça-feira dia 17.
É necessário ter em consideração que as afirmações de D. Januário Torgal Ferreira, para além de serem caluniosas, foram proferidas por alguém que pertence à Hierarquia da Igreja Católica. De um alto representante da Hierarquia da Igreja espera-se sempre que utilize decoro na linguagem, o que infelizmente não foi o caso nesta entrevista. A linguagem utilizada por D. Januário Torgal Ferreira, para além de indecorosa foi pouco consentânea com a posição ocupada por um prelado da Igreja.
Foi com enorme espanto que constatei que D. Januário Torgal Ferreira, ao proferir um violento ataque verbal à actual governação PSD-CDS-PP e ao acusar o Governo de corrupto, chegando a compará-lo com o Estado Novo de Salazar, pretendeu claramente desculpabilizar os anteriores governos socialistas de José Sócrates ao afirmar: “O anterior Governo, que foi tão atacado, era composto por um conjunto de anjos, ao pé destes diabinhos negros que acabam de aparecer.”
É muito sintomático que os portugueses não tenham assistido a idêntica postura deste prelado da Igreja aquando dos graves escândalos políticos e económicos dos dois últimos governos socialistas e à situação de bancarrota a que José Sócrates e os seus governos conduziram o país.
Será que D. Januário Torgal Ferreira andava distraído quando tais escândalos ocorreram? E que leitura faz desses escândalos?
E onde estava a voz da indignação de D. Januário Torgal Ferreira aquando da discussão e aprovação das leis socialistas contra a Família, como a lei do aborto e do pseudo-casamento homossexual, durante a governação de José Sócrates?
Numa altura em que muitos católicos e a maioria dos portugueses precisavam de ouvir uma posição clara do Episcopado relativamente à discussão e aprovação de tais medidas, não me recordo de ter ouvido declarações reveladoras de uma posição firme e enérgica por parte de D. Januário Torgal Ferreira perante o conjunto de leis anti-Família que estavam a ser discutidas.
Onde estava a voz de alerta do Bispo das Forças Armadas aos católicos perante a iniquidade das referidas leis?
Que desconcertante e enigmática atitude, a que foi assumida por D. Januário Torgal Ferreira na entrevista dada à TVI ao intrometer-se em questões do foro político-ideológico que, em bom rigor, não competem a um bispo da Igreja Católica.
Cada vez vai ficando mais clara, para muitos católicos e para os portugueses, a colagem de D. Januário Torgal Ferreira a posições ideológicas da esquerda e a sua intromissão em questões do foro político-ideológico, sobretudo quando se trata de dirigir invectivas contra membros de um governo de Centro Direita eleito democraticamente.
Para D. Januário Torgal Ferreira o respeito pelo princípio dos governos eleitos democraticamente parece aplicar-se apenas aos governos oriundos da esquerda.
A terminar quero expressar também a minha apreensão pela posição da Conferência Episcopal Portuguesa relativamente às afirmações de D. Januário Torgal Ferreira, através das declarações do seu porta-voz, o padre Manuel Morujão, à agência Lusa, que se limitou a afirmar: «São declarações a nível individual. Não está expresso o entendimento da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)».
Face ao grave teor das polémicas acusações proferidas por D. Januário Torgal Ferreira contra o actual Governo de Portugal e à linguagem pouco decorosa por ele utilizada na entrevista à TVI, seria de esperar uma posição mais firme e enérgica por parte da Conferência Episcopal e não uma mera demarcação, ou por outras palavras, um lavar as mãos como Pilatos face ao conteúdo das gravíssimas declarações proferidas pelo Bispo das Forças Armadas.
Penso que o meu amigo José Filipe Sepúlveda faz uma leitura um pouco simples das palavras de sua Reverência o Sr. D. Januário. Aliás, não sei se fez um levantamento das declarações do prelado durante a governação socialista, mas foi certamente uma das vozes mais incómodas da Igreja para a mesma. Quando os Srs Bispos, todos os dias são confrontados com situações confrangedoras de fome, à porta das instituições que gerem, de pobreza económica e moral, e as vêm em contraste com o que se passa "do outro lado", têm que reagir perante todos os que parecem não querer reagir. D. Januário fê-lo, de uma forma que parece ninguém estar a ter coragem para fazer: de forma aberta, corajosa e frontal. arece que os portugueses não estão muito habituados, mas isso, na realidade, ficou-lhes de outros tempos e de outras realidades.
ResponderEliminarCaro Pedro, aceito as observações que fizeste embora não concorde com a "leitura um pouco simples" que referes.
EliminarAs afirmações polémicas de D. Januário Torgal Ferreira já são sobejamente conhecidas.
De uma duas: ou nós, como católicos, deixamos de levar este prelado a sério, ou então, sempre que ele proferir tamanhas enormidades compete-nos, em consciência e à luz da Doutrina da Igreja, denunciar as afirmações polémicas.
Como católico não posso aceitar que um membro da Hierarquia faça a seguinte afirmação - "Concordo e aceito que um homem viva com outro homem" - e não haja um membro da Hierarquia que lhe faça uma admoestação pública.
D. Januário Torgal Ferreira ao fazer afirmações polémicas que, nalguns casos, contrariam a própria Doutrina da Igreja, sabe perfeitamente que está a aproveitar-se do prestígio que tem como membro da Hierarquia, usando-se desse prestígio para tentar confundir muitos católicos, a meu ver, mal-informados.
Mas quem é esse senhor para comprometer a classe que representa (clero).Isto afinal vale tudo ,quem diz o que quer está sujeito a ouvir o que não quer. Estou a ver que está aqui mais um possivel lider para um partido de esquerda (já vi que em teologia há a vertente materialista).
ResponderEliminarComo católico praticante, não aceito este sr Bispo sem categoria sequer para padre quanto mais para um alto representante da Igreja.
ResponderEliminarO D.Torgal é um "infiltrado"da esquerda que apenas fomentam a guerra e não promovem a paz.
Pena os visados nao terem coragem de o enfrentarem e fazer-lhe provar as suas afirmaçoes e aí sim se nao o provar é um falso testemunho o que atenta contra a lei, para mais sendo ele um homem com muitas responsabilidades na hierarquia da Igreja; porem talvez um incompetente a cumprir ordens dos "fregueses do costume"
Este senhor é um grave problema de saúde pública.
ResponderEliminarHája bom senso, mas não vejo nas palavras do sr bispo calúnias, calúnias fazem os políticos que prometem mundos e fundos quando querem ir para o poder e depois lá, só não nos tiram tudo, pq tb não lhes interessa, mas tiram-nos muitas das vezes o essencial p/ se poder viver com alguma dignidade e um pouco melhor que as geraçãoes anteriores, é salutar que queiremos melhor. Não se trata de esquerda ou direita, trata-se de justiça. Políticos que o que querem é depois de sair do governo ter um tachinho p/ continuar a ter o mesmo ou melhor estilo de vida, sem preocupações. Tratar de um futuro melhor é legal e legítimo, só não é legal é pedir sempre aos mesmos do costume, afirmamdo que é p/ o bem nas novas gerações, e ao mesmo tempo que estamos a tentar melhorar p/ que as novas gerações tenham um futuro melhor, roubando-nos, eles continuam a fazer uma vida despesista, como se a crise não passe por eles, passa sim, pelos mesmos de sempre. Espero sinceramente que o sr. bispo Januário tenha a coragem de atacar a igreja e tentar que os padres se possam casar, se assim o pretenderem, sem ter que deixar o patriacardo, e as mulheres tb possam dizer missa, pq assim teríamos uma igreja com futuro e sem descriminação feminina que tem feito ao longo dos séculos, já é tempo, a mulher não é só um ser parideiro, pq elas tb tem inteligência e sensibilidade p/ serem padres.
ResponderEliminarBem, penso que estávamos a comentar as afirmações sobre o governo, proferidas há poucos dias, não? Terei muito gosto em comentar todas as outras, até porque, na sua maioria concordo com a tua posição em relação a elas. Agora quanto à avaliação da categoria para um prelado da Igreja para ser Padre ou Bispo, meu caro senhor Augusto Fernandes, penso que não lhe poderei responder, mas terá que ser a Augusta cadeia de formação da Santa Igreja.
ResponderEliminarO FUTURO É......... TRABALHO , PRODUTIVIDADE , REFORMA TRIBUTARIA .................SÓ UMA ESTRATÉGIA COMPLETA...EQUILIBRADA...E ROBUSTA , pode conduzir o País ao caminho do Progresso das pessoas , das famílias e das empresas...
ResponderEliminarO TRABALHO NÃO DEVE PAGAR QUALQUER IMPOSTO...!!!
Quem trabalha ,( e produz riqueza ) , trabalha para si , para a sua família , para a sua empresa , para o seu município , para o seu País...
MERECE UM INCENTIVO...MERECE UM LOUVOR...MERECE UM PRÉMIO...e nunca um imposto...e mais grave ainda um imposto progressivo...quanto mais trabalha mais paga...
É UMA GRAVE INJUSTIÇA COBRAR IMPOSTO SOBRE O TRABALHO...
E um dos maiores erros da nossa sociedade...sendo urgente corrigir tal erro que é de uma injustiça COLOSSAL...
O Estado só deve cobrar impostos JUSTOS...sobre o Consumo , a Poluição e os Vícios...e todos os outros impostos devem ser ABOLIDOS...
A redistribuição dos rendimentos deve ser feita apenas no investimento do Estado...e nunca na cobrança dos impostos...
Os impostos injustos sobre o TRABALHO devem ser PROÍBIDOS imediatamente...para que haja um mínimo de JUSTIÇA FISCAL...
SE CONCORDA...partilha ... um abraço de agradecimento do manuel.ferreira82@yahoo.com.br