9 de setembro de 2010

A destruição do Ensino Tradicional e a imposição de uma mentalidade socialista autogestionária na Escola


GIGANTESCA MÁQUINA DE PROPAGANDA AO SERVIÇO DO ACTUAL REGIME SOCIALISTA TENTA IMPOR DE FORMA AUTORITÁRIA E ANTIDEMOCRÁTICA MUDANÇAS RADICAIS NO SISTEMA DE ENSINO TRADICIONAL  

    Ao longo desta semana e da próxima, tem início mais um novo ano escolar. 

   Por via de regra, o início de um novo ano lectivo é a ocasião em que os alunos renovam o propósito de conseguirem alcançar um bom aproveitamento escolar, e suscita simultaneamente entre pais, encarregados de educação, e muitos professores, grandes expectativas, mas também algumas apreensões. 

   Venho hoje falar-lhe de um tema que, a meu ver, deveria causar grande interesse e alguma preocupação, sobretudo nos pais e encarregados de educação, e em muitos professores conscientes das suas responsabilidades como formadores. 

   Refiro-me ao modo de ensino do Português, e de uma maneira geral de todas as disciplinas que, lamentavelmente, tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos na generalidade das escolas, sobretudo depois da recente reforma de 2003-2004, em grande medida como resultado das erradíssimas políticas aplicadas pelo Ministério da Educação. 

   Na obra “O Ensino do Português” de autoria da Professora Maria do Carmo Vieira, dada à estampa em Junho deste ano e cuja leitura recomendo vivamente, sobretudo aos pais e encarregados de educação, é escalpelizado o actual estado de deterioração do ensino em geral e, nomeadamente, a disciplina de Português. 

   Com efeito, a autora alerta-nos nesta obra para a total desresponsabilização dos alunos, a qual resulta de um sistema, cujo propósito deliberado, segundo os seus mentores, consiste em disseminar a ideia de que “o esforço, o espírito de sacrifício e a força de vontade, inerentes ao acto de aprender” são aspectos que têm de ser relegados para segundo plano, em nome de um novo conceito de ensino mais igualitário, por oposição a um conceito antiquado baseado numa visão hierarquizada. 

   Desse modo, os mentores desta reforma pretendem criar na mente dos alunos a falsa ideia de que uma atitude menos exigente num sistema de ensino cada vez menos hierarquizado e mais autogestionário, fará com que eles tenham mais êxito em termos de aproveitamento e de conhecimentos. Ora, uma tal ideia é uma pura falácia. 

   A autora alerta-nos ainda para o facto de esta reforma praticamente não ter sido debatida de um modo sério antes de ter entrado em vigor. E percebe-se bem porquê. Os seus mentores não tinham certamente grande interesse em encontrar resistências à sua determinação de impor o novo modelo pedagógico, onde, segundo eles, se visa criar uma nova concepção de escola e uma nova concepção de professor. 

   Para ilustrar melhor o que acabei de afirmar, refiro um excerto bem exemplificativo da atitude autoritária dos mentores novo sistema de ensino: “ Dissuadindo do diálogo franco e verdadeiramente construtivo, advertiam os seus autores contra a inutilidade de qualquer crítica que pusesse em causa a “mudança” E afirma-se mais à frente: “ Quem ousou pensar e argumentar, usando o seu espírito crítico e a sua experiência profissional, foi de imediato acusado de ser «catastrofista», «individualista», «fascista», e «elitista», mas também «comunista» e «extremista», num emaranhado de cognomes controversos que não tinham outro objectivo que o de assinalar demagogicamente o opositor, com a advertência de que teria de habituar-se ao novo modelo de ensino.” 

   Segundo a autora, relativamente ao ensino da disciplina de Português, o novo modelo preconizado menospreza os conteúdos e despreza o património histórico e artístico que representa a Literatura. Ainda de acordo com este novo modelo de ensino os professores devem ser relegados para um plano meramente funcional, ou seja e citando novamente a autora: “tornados simples servidores do Estado e por ele protegidos do inconveniente de pensar. (…) Com efeito, a secundarização da relação ensinar-aprender teve em vista tornar ilegítimo o verbo «ensinar», banindo-o da função de um professor e daí o aumento de conflitos na sala de aula.” 

   Chegados a este ponto, questiono o caro ouvinte acerca do seguinte. 

   Será que este novo modelo de ensino que visa destruir metódica e paulatinamente os alicerces em que sempre assentou o ensino tradicional, e que o poder político está a tentar impor de forma antidemocrática a alunos e professores, obedece apenas aos desejos e caprichos de uns quantos burocratas que definem as políticas educativas no Ministério da Educação em Lisboa? 

   Ou, pelo contrário, obedece este modelo de ensino a outras ambições, quem sabe, políticas e até mesmo ideológicas, cujo fim último consistirá na aplicação de um socialismo autogestionário na Escola, que o referido poder político está determinado em impor também em outras esferas da vida e da sociedade, através da actuação subtil e profunda da gigantesca máquina de propaganda ao serviço do actual regime socialista? 

   Deixo isto à sua reflexão.

Sem comentários:

Enviar um comentário