12 de maio de 2010

A visita do Papa Bento XVI a Portugal, Terra de Santa Maria


A visita oficial e pastoral do Papa Bento XVI a Portugal, a convite da Presidência da República e da Conferência Episcopal Portuguesa, a decorrer já na próxima semana, entre os dias 11 e 14, será uma das visitas mais prolongadas de um Sumo Pontífice a terras portuguesas e durante a qual o Santo Padre marcará presença em Lisboa, em Fátima e no Porto.

No âmbito pastoral da visita de Bento XVI ao nosso país, os fiéis católicos terão a possibilidade de sentir de perto a presença do Chefe da Igreja Católica durante as celebrações litúrgicas em Lisboa, no Terreiro do Paço, no dia 11, no Santuário de Fátima, na noite do dia 12 e no dia 13, e finalmente no dia 14, na Avenida dos Aliados no Porto. Bento XVI terá ainda oportunidade de privar com personalidades do mundo da cultura no Centro Cultural de Belém, no dia 12.

A visita de uma tão ilustre personalidade como é o caso do Sumo Pontífice deve constituir sempre um especial motivo de regozijo para o país que é visitado, e não exclusivamente para os católicos desse país. E com maior razão para Portugal, por tratar-se da Terra de Santa Maria.

A alegria e o entusiasmo expressados durante a visita do Papa Paulo VI a Fátima, no já distante ano de 1967, e nas três visitas de João Paulo II em 1982, 1991 e 2000, ficarem bem patentes com a adesão incondicional do povo português à presença desses dois Papas em solo português.

Apesar do entusiasmo e da expectativa com que a generalidade da sociedade portuguesa está a mobilizar-se para a chegada de Bento XVI ao nosso país, foi no entanto possível constatar como um grupo minoritário e radical, a Associação Ateísta Portuguesa, aliado ideológico da extrema-esquerda jacobina, usou alguns meios de comunicação social para tentar, em vão, desprestigiar a viagem de Bento XVI, afirmando que o Estado Português não deveria dar um destaque especial a esta visita, uma vez que se trata apenas da visita de um Chefe de Estado. Os seus responsáveis expressaram também indignação pelo facto de o Estado conceder tolerância de ponto nos três dias da visita do Papa.

Este tipo de atitude faz-me recordar a forma jacobina e anticatólica com que os republicanos agiam há 100 anos, quando perseguiam a Igreja Católica e o clero e tentavam desprestigiar o Papado.

Apesar das tentativas de desvio das atenções da visita do Santo Padre, levadas a cabo por grupos deste tipo, que procuram levantar falsas questões em torno aspectos secundários e sem qualquer relevância, é de esperar, no entanto, que a visita do Sucessor de Pedro ao nosso país, à semelhança do que ocorreu com as visitas dos seus antecessores, venha a redundar numa enorme adesão do povo português, reveladora da Fé dos portugueses e da sua fidelidade ao Papa e ao Papado.

Devendo ser esse o desejo de qualquer católico e da maioria dos portugueses numa ocasião excepcional como esta, é no entanto com alguma perplexidade e com um certo desapontamento que recordo aqui as recentes e oportunas palavras da jornalista da Rádio Renascença, Aura Miguel, especialista em assuntos do Vaticano, a propósito de algum comodismo que vai sendo visível em certos sectores católicos em Portugal: "Já ouvi bons católicos dizer que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar de o Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa. Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé. Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena da nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história."

Não se deixe vencer pelo comodismo e junte-se aos milhares de portugueses que de forma entusiástica irão acolher o Papa Bento XVI.

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