A esse milhão de pessoas, deve acrescentar-se mais dois mil milhões que assistiram avidamente, em directo, através de canais de televisão de todo o mundo e também nas várias redes sociais, a todos os momentos deste enlace Real, com particular destaque para a cerimónia religiosa e o cortejo até ao Palácio de Buckingham. Pode dizer-se, pois, que se tratou de um acontecimento verdadeiramente global.
Mas, qual a razão deste casamento ter concitado as atenções de tantos milhões de pessoas por todo o mundo, identicamente ao que aconteceu a 29 de Julho de 1981, quando 750 milhões de pessoas assistiram pela televisão ao casamento de Carlos, Príncipe de Gales, com Lady Diana Spencer?
Como foi possível testemunhar pelas imagens televisivas e pelas inúmeras publicações dadas à estampa durante esta semana, o poder dos símbolos da monarquia esteve patente não apenas durante a cerimónia na Abadia de Westminster, mas igualmente durante o cortejo dos Duques de Cambridge até ao Palácio de Buckingham, com as diversas artérias de Londres ricamente engalanadas com a bandeira nacional do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e símbolos alusivos ao enlace Real.
O que continua nos dias de hoje a entusiasmar milhões de pessoas por todo o mundo, é precisamente o poder admirável, profundo e legítimo dos símbolos da monarquia, da sua pompa e cerimonial, através dos quais, e de forma muito particular, a Monarquia Inglesa sabe projectar para o povo inglês, para a Commonwealth e para o mundo em geral a grandeza da nação inglesa, da sua cultura e dos seus longos séculos de história, e desse modo projectar o futuro do próprio país.
Foi patente o entusiasmo da juventude com este casamento Real e o que ele representa para o futuro do Reino Unido. Tratou-se de um momento de afirmação da identidade e da união de um povo que com orgulho e regozijo se revê na sua Família Real.
Imagino que muitos dos que se deslocaram a Londres e que tiveram a felicidade de presenciar as cerimónias deste enlace Real, terão certamente exclamado, uma vez terminadas as celebrações: “Que grande instituição, que grande cultura, que grande País.”
Fotografias: Reuters e Wikipedia