3 de maio de 2012

O 1º de Maio do Pingo Doce e os preconceitos da Esquerda e de alguns inocentes úteis contra a Iniciativa Privada

  
  Anualmente, o feriado de 1 de Maio é o dia escolhido pelas centrais sindicais para organizarem manifestações, sobretudo em Lisboa e no Porto. As referidas manifestações constituem normalmente uma ocasião para fazer reparos ao Governo em exercício e sugerir medidas a tomar.

  Este ano, o dia 1 de Maio ficou no entanto marcado por um facto novo e totalmente inesperado que acabou por marcar em termos mediáticos esta data.

  Refiro-me à campanha levada a cabo pelo Pingo Doce, de um desconto de 50% para quem fizesse compras iguais ou superiores a 100 euros.

  Considero que a referida campanha foi muito bem escolhida não só em termos do objectivo que se propunha atingir, mas também quanto à data escolhida para a sua realização.

  Num dia em que as centrais sindicais esperariam ver muitos milhares de pessoas a participar das suas manifestações, assistiu-se a milhares e milhares de portugueses a deslocarem-se por todo o país às lojas Pingo Doce para poderem beneficiar desta campanha.

  De tal forma a referida campanha teve impacto que foi tema de manchetes nos principais jornais de ontem e um assunto muito debatido em blogues e nas redes sociais.

  Vi alguém sugerir, em tom de crítica, no Facebook que em vez de o Pingo Doce fazer este desconto de 50% a quem gastasse 100 euros ou mais em compras, poderia alternativamente ter anunciado que entregaria ao Banco Alimentar contra a fome o valor correspondente a 50% do volume de negócio que foi realizado no dia 1 de Maio.


  Embora a existência do Banco Alimentar contra a fome seja uma iniciativa louvável, quer-me parecer que a cadeia Pingo Doce, ao ter feito esta promoção de 50%, ajudou de forma imediata um número consideravelmente maior de portugueses que o número de pessoas que normalmente é ajudado pelo Banco Alimentar contra a fome.

  Para aqueles que criticaram esta iniciativa, deixo aqui uma pergunta.

  Será injusto, em termos sociais, que na actual situação de ajustamento financeiro que a todos nos atinge, uma cadeia de distribuição como o Pingo Doce tenha ajudado milhares e milhares de portugueses, num só dia, a pouparem, nalguns casos, algumas centenas de euros nas suas compras mensais?

  Esta poupança irá ajudar certamente, muitas famílias portuguesas, a suportarem, por exemplo, o aumento da factura da electricidade.

  Em minha opinião, as críticas e até mesmo alguns ataques a esta iniciativa da cadeia Pingo Doce patentes nalguns relatos publicados ontem na comunicação social, resultam sobretudo de um preconceito ideológico contra o Dr. Alexandre Soares dos Santos, Presidente do grupo Jerónimo Martins.

  Com efeito, são sobejamente conhecidas as suas posições firmes e categóricas de denúncia frequente da existência de uma mentalidade anti-iniciativa privada em Portugal, fruto de preconceitos ideológicos vindos da área socialista.

  Ora, essa mentalidade anti-iniciativa privada é fomentada sobretudo pela esquerda, e a reboque da qual muitos inocentes úteis e muitos ingénuos se vão deixando influenciar, em grande medida pela cobertura deturpada que alguma comunicação social dá a factos como este, fruto dos referidos preconceitos ideológicos.

  Portugal precisaria de muitos mais empresários como o Dr. Alexandre Soares dos Santos, um excelente exemplo de alguém que está à frente de um grupo económico que se tem vindo a afirmar não só em Portugal, mas também no estrangeiro, e que não precisa do apoio do Estado para desenvolver o seu negócio.

   Esta é uma situação bem diversa da de algumas grandes empresas nacionais que, para desenvolverem o seu negócio sem quaisquer riscos, como no caso da EDP, precisam da muleta do Estado, acabando por desvirtuar de alguma maneira aquilo que deveria ser uma sã e autêntica concorrência.

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