10 de outubro de 2013

O estranho e desconcertante silenciamento dos media à "Caminhada pela Vida"

 Fonte: Agência Ecclesia
  No passado dia 5, a Federação Portuguesa pela Vida promoveu pelo quarto ano consecutivo a “Caminhada pela Vida” que reuniu em Lisboa milhares de pessoas, num percurso entre o Marquês de Pombal e o Rossio, como o atestam centenas de fotografias que têm sido publicadas em blogues e nas redes sociais.

   Este ano, o tema da “Caminhada pela Vida” foi uma iniciativa de cidadãos materializada na petição europeia One of Us - Um de Nós que tem por objectivo obter mais de um milhão de assinaturas para que seja assegurada "protecção jurídica da dignidade, do direito à vida e da integridade de cada ser humano desde a concepção nas áreas de competência da União Europeia nas quais tal protecção se afigure relevante".

   A Iniciativa de Cidadãos é um instrumento legislativo da União Europeia aprovado pelo Tratado de Lisboa que visa aproximar mais os cidadãos das instituições europeias.

   Tal como pode ler-se no site da Federação Portuguesa pela Vida, esta iniciativa da sociedade civil empreendida por cidadãos de Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Hungria e de outros estados-membros da União Europeia, e que conta com o apoio de diversas personalidades e organizações dos 27 Estados-membros, visa concretamente pedir aos legisladores europeus para consagrarem os seguintes princípios:

  1- A inclusão do princípio pelo qual "não poderá ser aprovado o financiamento de actividades que destruam embriões humanos ou que pressuponham a sua destruição".

  2- A modificação dos “princípios éticos” em matéria de investigação que regem o Programa Quadro de Investigação e Inovação da UE (2014-2020) “Horizonte 2020”.

  3- A alteração dos objectivos do Instrumento de Financiamento da cooperação ao Desenvolvimento em países externos à UE, garantindo que a ajuda comunitária tenha em conta o respeito pela vida do embrião.

  A propósito do tema de hoje, quero destacar ainda um facto que me parece inexplicável e simultaneamente preocupante.

  Refiro-me ao incompreensível e desconcertante silêncio da grande maioria dos meios de comunicação social de referência, nomeadamente os canais de televisão e os jornais diários que, de forma ostensiva, decidiram não noticiar um evento que congregou nas principais artérias de Lisboa milhares de portugueses na defesa dos valores da Vida e da Família.

  Perante uma tão escandalosa atitude por parte dos media de referência, facto que tem sido duramente criticado nas redes sociais nos últimos dias, até mesmo por alguns jornalistas, penso que é oportuno questionarmo-nos sobre o porquê de tamanho silenciamento.

  Na minha opinião, o silenciamento dos media relativamente a esta "Caminhada pela Vida", ao não a noticiarem, parece ter uma explicação óbvia.

  Ou seja, fica-se com a ideia de que os referidos meios de comunicação social têm uma agenda ideológica, atitude em tudo contrária aos princípios que devem nortear a actividade jornalística, ou seja, a isenção e a independência.

  Ao invés de noticiarem um evento que congregou milhares de pessoas na capital e que, portanto, deveria ter sido notícia, preferiram silenciar ostensivamente uma manifestação da sociedade civil.

  Pode assim deduzir-se que tais meios de comunicação social estão de algum modo a exercer um certo tipo de censura assente única e exclusivamente em preconceitos ideológicos, facto que por si só deve deixar-nos preocupados, uma vez que vivemos formalmente numa Democracia e num Estado de direito.

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