21 de maio de 2009

O fim das Corridas de Touros?



À semelhança do que tem acontecido de forma quase invariável nos últimos anos, no início da temporada taurina, também este ano já se começou a assistir a acções mediáticas contra a Festa Rija levadas a cabo por associações de defesa dos direitos dos animais.

O objectivo aparente das pessoas que integram esse tipo de organismos consiste na defesa dos direitos dos animais, no caso vertente o cavalo e o touro, pois segundo essas pessoas tanto o cavalo como o touro são injustamente violentados e as corridas de touros constituem espectáculos abomináveis.

A meu ver, esse é um falso argumento, pois estas acções têm um objectivo velado que, em última análise, consiste em tentar acabar com uma longa tradição arraigada no povo português ao longo de gerações e que faz parte da própria cultura portuguesa. Para atingir esses objectivos, contam estas associações, regra geral, com o apoio da generalidade dos média, de modo a tentarem influenciar as mentalidades de amplos sectores da sociedade e também dos responsáveis autárquicos para que, de forma gradual e subtil, se vá proibindo a realização deste espectáculo genuinamente português em várias cidades do território nacional.

Temos um exemplo disto com o que ocorreu no passado mês de Abril na autarquia de maioria socialista de Viana do Castelo que, numa decisão unilateral, decidiu proibir as corridas de touros e declarar Viana do Castelo como cidade anti-touradas, num concelho que tem uma tradição de quase quatro séculos na realização de espectáculos tauromáquicos, desrespeitando assim uma velha tradição local e a vontade da generalidade das populações locais.

O ataque radical que os organismos de defesa dos direitos dos animais fazem às corridas de touros, tentando desse modo influenciar o poder político, tem como alvo não só a Festa Rija, mas também a extinção de uma série de actividades profissionais associadas à mesma e que se foram desenvolvendo e aperfeiçoando ao longo de séculos.

Em última análise, através destas acções está a tentar destruir-se algo que faz parte da nossa identidade nacional.

A meu ver, esta tendência anti-touradas deveria ser contrariada de forma enérgica pelos aficionados e defensores da Festa Rija, bem como por alguns políticos, em defesa da preservação de um espectáculo que encerra em si mesmo um conjunto de riquíssimas tradições nacionais.

Antes de terminar não queria deixar de recordar que hoje ao fim do dia o deputado ao Parlamento Europeu José Ribeiro e Castro será homenageado na Real Tertúlia Tauromáquica D. Miguel I, pelo trabalho que tem vindo a desenvolver em prol das tradições populares nacionais, como a tauromaquia, a par da persistente defesa do Mundo Rural. No Parlamento Europeu, Ribeiro e Castro tem contrariado, junto com outros colegas, os ataques desinformados de sectores radicais visando a imposição de uma proibição das touradas e em violação flagrante do princípio da subsidiariedade.